quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

A criação da Floresta Criana




No passado dia 09 de Dezembro de 2018, deu-se inicio à plantação das árvores autóctones Portuguesas (carvalhos, azinheiras, carrascos, sobreiros, castanheiros, medronheiros, pinheiro manso, pinheiro bravo, nogueira, oliveiras, avelaneiras) no projecto Criana.


O objectivo desta plantação é a criação da zona 5 em Permacultura (o santuário natural) o nosso maior contributo à Natureza - A Floresta. Pois aqui plantamos espécies ameaçadas e em vias de extinção na nossa região, deixando com que a Natureza trabalhe por ela própria, ajudando-a através de técnicas naturais, apenas dando nutrientes à terra (exemplo, colocação de troncos já em decomposição, juntos às árvores plantadas) entre outras. A regra é intervir o menos possível, deixar crescer...


Neste momento existe apenas uma casa de banho seca (zona 5), aproveitamos uma pequena casinha existente, também foi construida uma estufa, com a preciosa ajuda do Sr. Gonçalo e do Sr. José (Pai do Christophe), aos quais agradecemos imenso a ajuda, disponibilidade e a transmissão de conhecimentos preciosos.




A primeira etapa está praticamente concluída, queremos agradecer a todos os ajudantes pioneiros que nos dedicaram esse dia tão especial. Ao Sr. Adelino que foi impecável cedendo as suas sementes e pequenos Quercus, ao Fernando por nos ter dado a conhecer o CEERDL (Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor) nas Caldas da Rainha, onde adquirimos algumas árvores com um valor simbólico e ao mesmo tempo ajudamos estes jovens especiais, à  D. Maria do Carmo e Beatriz (avó do Christophe) por cederem a sua fruta e marmeladas, sem esquecer as minhas ajudantes de cozinha, Laurentina (a minha mãe) e Graziela (a minha sogra), a todos os que passaram, plantaram e ajudaram um bem haja e nunca se esqueçam:












































(O donativo dado pelas refeições no dia, irá ser convertido num cabaz com bens essenciais e será doado a uma família com mais necessidades da freguesia)


"Curar a Terra e purificar o espírito humano são o mesmo processo." 
(Masanobu Fukuoka)


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Preparação do Solo



O nosso terreno já está baldio há alguns bons anos, o ultimo registo de culturas foi de vinha e algumas árvores de fruto, por isso a nível de biodiversidade era bastante fraco. Pois visivelmente só mesmo as nossas amigas formigas lá passeavam.
No outono passado começamos a "trabalhar" o solo, semeando ervilhaca, tremoço, tremoçilha, trevo branco, trevo persa, beterrabas, nabos, rabanetes, azevem, favas, que nos ajudam a dar nutrientes ao solo e a areja-lo, pois como é um solo muito compactado era muito impermeável. As formigas como nossas amigas e os seus túneis também ajudam a arejar o solo, levam nutrientes para o subsolo (adoram sementes). Ficamos com o terreno praticamente todo coberto com o que semeamos, assim durante o Verão ficou protegido do calor e do Sol e começamos a ver "mais vida", como por exemplo minhocas, abelhas, joaninhas, borboletas.


Numas zonas do terreno onde mais "despido", adquirimos alguns fardos de palha já em decomposição, e fizemos cobertura de solo.
Depois da floração foi o tempo de recolher as sementes posteriormente passamos um corta mato, deixando o corte no terreno para decompor trazendo nutrientes ao solo e consequentemente também mais cobertura de solo.


Neste Outono, com as sementes recolhidas, as que caíram à terra e outras que adquirimos, já voltamos a semear e já se vê o manto verde.
Concluindo que é necessário tratar o solo para que posteriormente este nos dê o retorno quando plantarmos as árvores, arbustos e hortícolas. Fizemos algo que naturalmente iria demorar décadas a Natureza por si só a regenerar.

"Não posso cuidar e preservar toda a terra do Universo... Mas posso preservar e cuidar do pedaço de terra que o Universo a mim confiou..."








domingo, 17 de junho de 2018

A Viagem à Croácia - O Quinto dia...



O dia amanheceu chuvoso e tristonho, era o dia que tanto esperávamos, o dia de visitar os Parques Naturais de Plitvicka Jezera, ponderamos em ir no dia a seguir. Fomos tomar o pequeno almoço do hotel, reforçado, pois não sabíamos como iria ser o dia... Optamos por ir primeiro ao supermercado mais perto (cerca de 3km), pois teríamos de passar nas entradas do parque e ai viríamos se o tempo estaria ou não melhor, pois não podemos esquecer que estávamos no meio da Floresta e rodeados de montanhas.

Vesti a capa para a chuva e o meu esposo o casaco e lá fomos, estacionamos o carro no Parque 1, atravessamos a estrada por uma ponte pedonal e chegamos às bilheteiras, eram cerca das 10h quando entramos no parque, o bilhete custa 150kn cada (20€) e nele está incluído o comboio e o barco.
No parque existem seis trilhos, identificados (A,B,C,K,H,E,F) em que o A percorre-se em cerca de 2-3h, B 3-4h, C 5-6h, K 6-8h, H 5-6h, E 2-3h e o F 3,4h, nós optámos pelo K, pois já que lá estávamos teríamos que ver o parque todo...














O parque tem uma beleza natural excepcional, foi em 8 de Abril de 1949 proclamado o primeiro parque nacional da Croácia, em Outubro de 1979 foi considerado património mundial da UNESCO, com cerca de 300 km2. Com uma vasta vegetação florestal, os lagos apenas cobrem 1% da área total do parque.

As imagens seguintes valem mais do que mil palavras, só lá indo para desfrutar do que a Natureza pura nos dá...



































O tempo melhorou bastante ao chegarmos ao parque, e depois de andarmos 8h, valeu cada minuto passado com a Natureza... Uma experiência a repetir...

domingo, 10 de junho de 2018

A Viagem à Croácia - O Terceiro dia...


O terceiro dia era o dia de deixar a capital e viajarmos até Plitvicka Jezera mas antes de nos colocarmos ao caminho não podíamos deixar de visitar o mercado Dolac em Zagreb, este mercado está a funcionar desde 1930 e nele podemos encontrar corredores cheios de bancadas com os típicos chapéus vermelhos às riscas. Nas bancadas na parte inferior do mercado podemos ver venda de flores, na parte central vendem-se frutas, charcutaria, verduras, artesanato e na parte superior são flores, ervas aromáticas e hortícolas em vasos. São produtores locais que vem até este mercado escoar os seus produtos todos os dias das 06h30 às 15h.


















No caminho pudemos observar um mapa da cidade de em 3D feito em bronze, a presente configuração da mesma ficou definida no inicio do séc. XX, após um terramoto que a assombrou. Após a segunda Guerra Mundial, verificou-se um grande crescimento da cidade, nomeadamente para sul do rio Sava.


Zagreb a capital da Croácia, com cerca de 800 mil habitantes, tem para nos oferecer a sua história: prédios, igrejas, ruas e monumentos. Juntando os excelentes e modernos, cafés, restaurantes, bares e lojas. Mesmo em pouco tempo podemos a conhecer...

Colocamos a caminho do Hotel Plitvice Ethno House, em Plitvicka Jezera, com mais de duas horas e meia de caminho pela frente, pois evitamos as auto-estradas, para aproveitar as paisagens que a Croácia tem para nos oferecer.



Existem dois locais durante a viagem que destacamos, o primeiro é uma pequena aldeia de azenhas chamada Rastoke.



Rastoke é o centro histórico do município Croata de Slunj, a paisagem é atravessada por rios cristalinos. Um lugar mágico onde a natureza e o homem trabalham de mãos dadas para criar um cenário bonito e único.
Tudo o que a natureza criou ao longo de milhares de anos e o homem mais tarde construiu respeitando os recursos naturais, Rastoke é muitas vezes referenciada como sendo "Os Pequenos Lagos de Plitvice".


Os moinhos de "Zlicare" (moinhos de colher), são típicos em Rastoke, o mais antigo da vila foi construído no séc. XVII. O grão era moído nos moinhos, o pano e a lã eram lavados nos barris debaixo das cascatas, esta pequena vila é conhecida também pelos terraços construídos em cima da água. Em 1969 Rastoke foi declarada monumento da cultura.

Hoje, Rastoke é um lugar turístico com alguns quartos onde ficar e restaurantes familiares onde se pode descansar com os sons das cascatas e aproveitar a culinária local. É um local a não perder...


De volta à estrada, passado poucos quilómetros vimos placas a anunciar uma gruta, e como as grutas nos fascinam, fomos a descoberta da gruta Baraceve Spilje em Nova Krslja. Para chegarmos no meio de montanhas tivemos de fazer um desvio de cerca de 10km. Tivemos para desistir da visita, pois estava uma trovoada forte, em que mal víamos a estrada, mas para variar um pouco fomos à aventura por uma estrada estreita, e como estávamos no meio de montanhas lá a chuva nos deu tréguas. 
Chegamos por fim a um estacionamento onde estava 4 carros, o resto do caminho até à gruta foi feito a pé. 


A visita à gruta durou cerca de 60 minutos, podemos experimentar a natureza dos nossos ancestrais, bela e simples. No submundo descobrimos um mundo espantoso escondido debaixo da terra, o guia profissional levou-nos através de um caminho iluminado entre estalactites de tirar o fôlego construídos ao longo de milénios, podemos observar os achados arqueológicos, sendo um antigo habitat de ursos, podemos ver a descoberta de umas ossadas do mesmo. A visita termina com um momento silencioso e escuro, o guia apaga as luzes e perdemos a nossa do tempo e espaço, uma experiência única de ser vivida no submundo. Cada bilhete custa 50kn (6,78€).




 Após esta excelente experiência, estávamos a cerca de 20km do hotel. O hotel foi fácil de encontrar, pois fica ao lado da estrada nacional.



Os quartos estão situados em 4 casas que foram construídas num estilo tradicional típico de Plitvice, exclusivamente de materiais naturais e ecológicos (principalmente madeira e pedra), o hotel localiza-se na orla de uma área florestal com trilhos para caminhadas. Todos os quartos apresentam uma decoração tradicional e estão equipados com mobiliário artesanal em madeira maciça.