domingo, 21 de janeiro de 2018

Passeio pela Floresta


Hoje foi dia de passear numa Floresta Portuguesa, onde pudemos observar Carvalhos, Azinheiras, Sobreiros, Ciprestes, Eucaliptos e outros pequenos e médios arbustos, algumas dessas árvores são centenárias.
Observamos imensas bolotas a germinarem debaixo de um manto de folhas em decomposição, que aproveitamos para recolher para trazermos para a nossa "estufa" no apartamento, para mais tarde podermos colocar no nosso terreno.


Nesta Floresta onde o Homem ainda não interveio, ainda existe todo um ambiente tranquilo, de renovação e esperança, nesta altura do ano começam as germinar algumas sementes , os novos rebentos, toda uma nova vida se começa a formar para um novo ciclo.

Na aldeia dos avôs, os Castanheiros despidos de todas as suas folhas e cheios de novos rebentos, dão a esperança para um ano de melhor produção. Poucos são os Castanheiros que encontramos nesta zona, mas uma coisa é certa, eles gostam deste clima de bastante frio...



A avó e uma vizinha, contam que nesta zona há alguns anos, abundava as Cerejeiras, de dia as mulheres apanhavam as cerejas e ao serão as mesmas eram calibradas e colocadas em caixas para depois irem para a venda no mercado. Hoje em dia as cerejeiras já quase não existem nas redondezas. Os avós acabaram por retira as ultimas que tinham, pois já tinham imensa idade e os pássaros com falta de comida, por causa das monoculturas, perdeu-se uma grande biodiversidade para a alimentação natural para os pássaros.

As extensas vinhas preenchem muitos dos terrenos envolventes à aldeia, antigamente a vindima era feita por homens e mulheres da terra e não só, hoje em dia é quase toda mecanizada, nesta zona já quase não existe mão de obra na agricultura. A poda ainda continua a ser manual, mas já poucos sabem fazer. As vides e cepas velhas servem para fazer o almoço que tanto gostamos, frango assado lentamente com um molho que só a avó sabe fazer...




Foi um dia passado em pleno convívio com a Natureza, não tanto como há uns anos atrás, pois muitas florestas nesta zona fora cortadas para darem lugar a vinhas e a pomares de fruta. Mas sempre na esperança que continuem a existir lugares como este.

No fim do dia, colocamos as bolotas dentro de vasos para continuarem a sua germinação até irem para a terra definitivamente.


A natureza não faz nada em vão. 

(Aristóteles)


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