Já tínhamos passado o suposto dia do parto, 4 de Fevereiro (40 semanas), tenho que admitir que cada dia que passava a ansiedade aumentava, já não podia ouvir o telemóvel tocar, e perguntarem "Então ainda nada, já passou o tempo", partilhei com o Christophe essa ansiedade até porque deu comigo a chorar, haveria algo de errado para não ter sinais de parto?! Não, simplesmente o bebé ainda não estava pronto para nascer.
Era terça-feira dia 7, fui dar um passeio matinal como era habitual nos últimos tempos, enquanto o Christophe estava a reconstruir o telhado da tiny house, nesse passeio já senti mais dificuldade e dores lombares, mas nada demais.
Almoçamos e à tarde, deitei-me um pouco no sofá a descansar, enquanto fazia um brinquedo para o bebé em Amigurumi. A meio da tarde fui andar um pouco pelo terreno, havia algo em mim diferente dos outros dias, mas nada de grandes sinais.
Ao final da tarde, comecei a arrumar o ninho, até o pai Christophe comentou "Só falta arrancar pêlo" como muitas mães na Natureza fazem para receber a sua cria.
Por volta das 19:30 começaram as contrações, uma dor forte na lombar e que irradiava para a parte frontal, fomos jantar e recordo-me que enquanto jantava pensava que seria o última última refeição ali à mesa de grávida. Tudo o que fazia vinha esse pensamento.
Comecei a monitorizar às 21:39 quando fui deitar no sofá e vi que cada vez eram mais frequentes, estavam com cerca de 8min de intervalo.
Era meia noite e pouco e o Christophe perguntou o que queria fazer, disse-lhe para ir descansar que ficava ali no sofá a lareira mais um pouco se fosse preciso iria acorda-lo. Por vezes as contrações aumentava os intervalos de tempo entre elas, estavam bastante irregulares.
Fui tirar a última foto de grávida em frente ao espelho e senti saudades daquela barriguinha.
Eram 3 e pouco da manhã e o intervalo entre elas diminuía, fui acordar o Christophe, até ao hospital das Caldas da Rainha ainda tínhamos cerca de 35min, foi a viagem mais longa que fiz até lá, mesmo aquela hora sem trânsito.
Ana 💚
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